Curta

Doodlebug

Elsa Pacheco Ribeiro

Elsa Pacheco Ribeiro

·2 min de leitura

Christopher Nolan coloca um homem entre quatro paredes e observa-o numa caça em que a presa não nos é mostrada, inicialmente, mas que se revelará realmente ameaçadora e mortífera.

Esta é uma curta-metragem em que Christopher Nolan coloca um homem entre quatro paredes e observa-o, enquanto ele protagoniza a estranha dança do toque e foge, uma caça em que a presa não nos é mostrada, inicialmente, mas que se revelará realmente ameaçadora e mortífera. Antes de passar ás longas-metragens, ainda a estudar Inglês na universidade de Londres, Christopher Nolan concebe esta curta-metragem que, como não poderia deixar de ser, insiste em incitar a reflexão por parte do espetador. O espetador pode encontrar, nesta pequena narrativa construtivista, devido à sua subjetividade, a abordagem a temas como: a busca do eu, o karma, o sonho, et cetera... Não é a isso que Nolan já nos habituou? O ambiente em que a ação se desenvolve: o preto e branco, a luz incidente nos objetos sobre os quais o realizador pretende focalizar, torna este pequeno pedaço de sétima arte num livrinho de bolso bastante curioso e interessante. Tudo o que nos é mostrado antes do plot point, na minha opinião, é bastante mais rico do que o final em si, apesar do mesmo ser, realmente, forte. Poderá, no meio de danças bem ensaiadas, previsíveis, rotineiras, estar aquilo que o Homem tanto busca nele mesmo? São estas questões com as quais somos invadidos, depois de ver qualquer obra deste experiente realizador.

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