Curta

ABE

Miguel Andrade

Miguel Andrade

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Um robot sentimental encontra o refúgio na tortura humana. Uma fusão entre sci-fi e horror que garantiu um acordo com a MGM.

ABE é a prova de que muitas vezes a criatividade não está em criar algo de novo, mas sim na arte de juntar dois conceitos já existentes. Nesta curta Rob McLellan transporta a ficção científica dos robots e efeitos especiais para um cenário de terror e tortura. Compatibilizar os dois mundos pode não ser fácil, mas em ABE a experiência correu lindamente! ABE é o ator principal desta curta-metragem, um robot solitário que luta incansavelmente pelo que foi programado: amar. Convém referir primeiro que este ator... não existe. ABE é totalmente criado através de VFX, num nível comum em Hollywood, mas não tanto em curtas-metragens. A curta é essencialmente um monólogo de ABE, em que ele explica à sua vítima o que ele sente. Acontece que ABE está programado para amar, mas nunca ninguém lhe ensinou como lidar quando alguém que ele ama não o ama de volta. ABE sente então a necessidade de "corrigir" isso e tenta até os métodos mais controversos. Ele explica que a sua necessidade de "corrigir" os humanos é tão forte como a necessidade dos humanos de sobreviver. Ambos foram programados para esse fim e em última instância não sabem fazer outra coisa que não isso. Rob McLellan, o diretor e escritor, obteve muito mediatismo com esta curta. O suficente para fazer um acordo com a MGM para tornar ABE numa longa metragem. Um filme sobre um robot serial killer é sempre uma boa ideia, certo? Quem tiver curiosidade pode ver uma entrevista ao diretor: https://www.youtube.com/watch?v=RM5uUnRmJQI