Curta

Coda

Débora Martins

Débora Martins

·2 min de leitura

Uma alma vagueia pelas ruas de uma cidade até chegar a um parque. Lá a Morte encontra-o. Onde é que este encontro acabará por os levar?

Uma animação em forma de curta que nos mostra o último pedido de uma alma perdida que vagueia pela cidade, que um pouco dramaticamente é-lhe concedido pela mítica figura que é a Morte. Escrita por Rory Byrne e Alan Holly, ganhou vida nas mãos do segundo. Alan, que se considera um artista, é um realizador irlandês com estudos em animação. Não é a primeira vez que estes dois colaboram, em 2009, trabalharam juntos, numa outra curta de animação com o nome “Old Fangs”, com a qual ganharam o prémio de melhor filme no Festival Festanca em 2010. Lançada em 2013, Coda, já conta com uma mão cheia de menções e prémios ganhos, entre os quais pode-se enumerar o de Melhor Filme de Animação no Fargo Film Festival de 2015, realizado nos EUA e o Jury’s Special Award no Cinanima em 2014, realizado na cidade de Espinho, Portugal. Coda, musicalmente falando, entre outras definições é uma passagem que dá a uma peça musical o seu fim. Através desta pequena e sucinta definição, percebe-se onde é que esta curta nos quer levar. Em pouco menos de 9 minutos, toca em alguns assuntos como a morte precoce e a aceitação da mesma. Uma pessoa alcoolizada sai de uma discoteca e ao contar o dinheiro para o táxi deixa cair uma moeda, completamente alheio ao que o rodeava, é atropelado e a sua alma vagueia pelas ruas. A Morte que deambula pelos exageros noturnos dos habitantes da cidade, até um parque, onde encontra o espírito da pessoa que fora atropelada. Não tendo tido tempo suficiente para experienciar tudo o que a vida pode dar, numa tentativa de o fazer, este pede à Morte, uma figura quase materna, que lhe dê a conhecer mais do que o não teve oportunidade de conhecer. Será que a Morte lhe fará essa última vontade?